Tito 1:9 - Apegado à palavra fiel, a qual é segundo o ensinamento dos apóstolos, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo ensinamento saudável como para convencer os que se opõem. (RV)

Siga para a seguinte seção neste artigo: 

"Uma Única Publicação" é um Item da "Peculiaridade" ou "Generalidade"?

Essa questão equivocada, indagada em "'Publication Work in the Lord's Recovery': Analysis & Response", é baseada na comunhão do irmão Lee em A Peculiaridade, a Generalidade, e o Sentido Prático da Vida da Igreja. Nesse livro o irmão Lee define estes termos da seguinte forma:

  1. A peculiaridade da vida da igreja é "a fé", significando aquela verdade essencial que constitui a base de nossa comunhão com outra pessoa. Nesse uso, "fé" não significa a ação de crer (como em Rm 5:1; Ef 2:8; Hb 11:1), mas o objeto de nossa crença (como em Tt 1:4; Ap 14:12; 2Tm 4:7).

    Rm 5:1 - Justificado, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

    Ef 2:8 - Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.

    Hb 11:1 - Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.

    Tt 1:4 - A Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador.

    Ap 14:12 - Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.

    2Tm 4:7 - Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.

    A peculiaridade da vida da igreja é a fé. No Novo Testamento a palavra fé é usada com dois significados diferentes. Primeiro ela significa a ação de crer (Rm 5:1; Ef 2:8; Hb 11:1). Temos fé no Senhor Jesus, e isto é a ação de crer. Este é o significado subjetivo da palavra fé. Há também o segundo significado, isto é, o significado objetivo da palavra fé. Fé, usada desta maneira, refere-se às coisas nas quais cremos, o objeto da nossa fé, nossa crença (Tt 1:4; Ap 14:12; 2Tm 4:7). Assim, quando dizemos que a peculiaridade da vida da igreja é a fé, referimo-nos à fé que é o objeto da nossa crença. É o que chamamos nossa fé cristã. Como cristãos temos uma fé única.

    ... Assim, a fé é alguma coisa única, algo específico, algo peculiar. Esta é a fé, a nossa fé cristã, que é composta das crenças a respeito da Bíblia, Deus, Cristo, a obra de Cristo, a salvação e a igreja. (A Peculiaridade, a Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja, pp. 5-6)

  2. Com respeito a muitas outras questões, assuntos fora da salvação pela fé, devemos exercitar de certo modo a "generalidade" que Paulo fala em Romanos 14-15, recebendo em comunhão outros crentes que têm diferentes entendimentos dos itens que não são partes essenciais da fé cristã básica.

    Rm. 14:1 - Acolhei o que é débil na fé, não, porém, para discutir 3opiniões.

    nota de rodapé 14:1 3 - Isto é, considerações doutrinais. Exceto em questões de adoração a ídolos (1Jo 5:21; 1Co 8:4-7), fornicação, avareza, injúria, e outros pecados grosseiros (1Co 5:9-11; 6:9-10), divisão (16:17; Tt 3:10), e negar a encarnação de Cristo (2Jo 7-11), devemos aprender a não transmitir julgamento na visão doutrinal de outros. Visto que uma pessoa é um cristão genuíno e tem a fé fundamental do Novo Testamento, não devemos excluí-la, mesmo que possa diferir de nós com respeito à doutrina; em vez disso, devemos recebê-la assim como o Senhor a recebe.

    Rm. 14:3 - Quem come 1não despreze àquele que não come; e quem não come 1não julgue o que come que come, porque 2Deus o acolheu.

    nota de rodapé 14:3 1 - Concernente a receber os crentes, Paulo usa o comer (vv. 2-3) e o guardar dias (vv. 5-6) como exemplos. O receber de Deus não tem nada a ver com nosso comer ou com nossa ação de guardar certos dias. Tais questões são assuntos menores, secundários que não têm nada a ver com nossa salvação e fé básica. Então, não devemos desprezar ou julgar os outros nessas coisas.

    nota de rodapé 14:3 2 - A base com a qual recebemos os crentes é que Deus os recebeu. Deus recebe as pessoas segundo Seu Filho. Quando uma pessoa recebe o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, como seu Salvador, Deus a recebe imediatamente e a conduz ao desfrute do Deus Triúno e de tudo que Ele preparou e cumpriu em Cristo para nós. Devemos receber as pessoas da mesma maneira e não devemos ser mais cuidadosos do que Deus. Apesar de muitos deles serem diferente de nós nos conceitos doutrinais ou práticas religiosas, devemos recebê-los. Quando recebemos as pessoas segundo Deus e não segundo a doutrina ou a prática, demonstramos e preservamos a unidade do Corpo de Cristo.

    Rm. 15:7 - Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também 1Cristo nos acolheu para a glória de Deus.

    nota de rodapé 15:7 1 - O versículo 3 do capítulo 14 diz que devemos receber as pessoas como Deus recebe, mas aqui é-nos dito que devemos receber as pessoas como Cristo recebe. O receber de Cristo é o receber de Deus. O que Cristo recebeu, Deus recebeu. Aqueles a quem Deus e Cristo recebem, nós devemos receber sem importar-nos o quanto eles diferem de nós na doutrina ou na prática. Isso será para glória de Deus.

    Todos os cristãos são iguais na fé, mas podemos ser muito, muito diferentes nas doutrinas. Você crê que todos nós somos iguais nas doutrinas? Quando será esse tempo? Dificilmente posso acreditar que dois de nós podemos ser algum dia absolutamente iguais em doutrina. Então, o que devemos enfatizar? Devemos enfatizar as doutrinas? Neste caso, nos tornaremos divisivos, e por fim, seremos divididos. Não devemos enfatizar as doutrinas, mas somente a nossa fé cristã. Podemos enfatizá-la porque com a fé não há argumento. Na fé não temos problemas. Somos todos iguais....

    Todos temos de perceber (...) que, numa igreja local, no que diz respeito a todas as doutrinas, não devemos ser tão específicos, mas gerais. Entretanto, no que se refere a nossa fé cristã, devemos ser específicos. Com respeito à fé, temos de ser definidos, mas, quanto à doutrina, como imersão, aspersão, véu, lava-pés, alimentação, guardar dias, casamento e muitas outras coisas, devemos ser gerais. Se não formos gerais, certamente seremos divisivos. (A Peculiaridade, a Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja, pp. 12, 28)

  3. Aquelas coisas que não são parte da fé essencial, mas são proveitosas para o crescimento em vida dos santos e para edificação da igreja englobam o "sentido prático" da vida da igreja. Já que não são parte de "a fé", elas não são parte da peculiaridade da igreja e assim não são uma condição para receber os crentes. De qualquer forma, devem ser colocadas em prática para que os santos e as igrejas possam ser fortes e saudáveis (Fp 4:9; 1Tm 4:15). Um item que o irmão Lee inclui no sentido prático da vida da igreja é o "ensinamento saudável" (pp. 51-52)

    Fp 4:9 - O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.

    1Tm 4:15 - Medita estas cousas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto.

    De qualquer modo, seja no ensinamento ou na prática, é sábio usar as coisas que são melhores. (...) Muitas coisas não estão no círculo da peculiaridade, a nossa fé cristã, mas na esfera da natureza prática, que é para nossa prática. (...)

    UMA PALAVRA FINAL

    Nenhum dos pontos que tratamos nos últimos três capítulos são aspectos da nossa fé cristã. Entretanto, todos eles devem ser postos em prática; de outra maneira, uma igreja local jamais poderá ser forte e prevalecente. Se todos esses pontos forem postos em prática, a igreja local se tornará forte e prevalecente. Estes não são itens da nossa fé cristã, mas devem tornar-se parte do sentido prático da vida da igreja. (A Peculiaridade, a Generalidade e o Sentido Prático da Vida da Igreja, p. 22, 76)

Significativamente, o autor de "Analysis & Response" não faz menção dessa terceira categoria, "o sentido prático". Não obstante ter uma só obra de publicação no ministério do Senhor às igrejas e aos santos é claramente uma questão do "sentido prático". Como o próprio autor admite, os cooperadores escreveram em A Obra de Publicação na Restauração do Senhor: "(...) a questão da única publicação não é um assunto da fé comum (...)" Dessa forma, eles nunca apresentaram o assunto de ser restringido a uma única obra publicação na restauração do Senhor como sendo essencial à fé, como um item da peculiaridade. De fato, eles dizem o oposto. O autor de "Analysis & Response" declara que a afirmação dos cooperadores sobre que o desejo do irmão Lee de ser restringido a uma única obra de publicação é então, de certa forma, imprópria. Seu argumento é por si só insustentável. Sua opinião divergente está baseada no uso impróprio da comunhão do irmão Lee no livro A Peculiaridade, a Generalidade, e o Sentido Prático da Vida da Igreja em vários pontos cruciais:

  1. O critério da peculiaridade e generalidade é mal aplicado.

  2. A adequação do sentido prático como um item da comunhão dos cooperadores é ignorada.

  3. A natureza da comunhão dos cooperadores com respeito à obra de publicação é deturpada.

  4. Os limites bíblicos no exercício da generalidade são abusivos.

Examinaremos cada um destes pontos seqüencialmente.

1. O Critério da Peculiaridade e Generalidade é Mal Aplicado

A comunhão do irmão Lee sobre a peculiaridade e generalidade se refere à base de nossa aceitação dos crentes na comunhão da igreja. O conteúdo de A Obra de Publicação na Restauração do Senhor não é receber os crentes na comunhão, mas o sentido prático de levar a cabo o único ministério neotestamentário sem confusão. Essa é a distinção decisiva que os próprios cooperadores fazem.

Por fim, todas as igrejas e santos em todo lugar devem entender que a questão da única publicação não é um assunto da fé comum, mas é algo relacionado com o único ministério na restauração do Senhor. O ministério é o soar da trombeta entre nós na restauração do Senhor e não deve haver qualquer toque incerto dessa trombeta, como disse o irmão Lee em diversas ocasiões. Contudo, a única publicação não deve tornar-se a base de aceitarmos ou rejeitarmos qualquer pessoa na comunhão da fé ou na comunhão das igrejas; não se deveria insistir nisso como se fosse um item da fé. Se alguém não estiver inclinado a ser restringido a uma única publicação, tais pessoas ainda são nossos irmãos; ainda estão nas igrejas locais genuínas. (A Obra de Publicação na Restauração do Senhor, p. 9)

A primeira parte de A Obra de Publicação na Restauração do Senhor conclui com uma porção similar do ministério do irmão Lee, que se inicia assim:

O MINISTÉRIO E AS IGREJAS

Acatar ou não o ministério não define se uma igreja é autêntica. O título desta mensagem não diz "nenhum som incerto da trombeta na restauração do Senhor", mas "no ministério do Senhor". Não estou falando sobre alguma coisa na restauração do Senhor, mas sobre o ministério. (Treinamento de Presbíteros, Volume 7: A Unanimidade para o Mover do Senhor, p. 93; citado na página 16 de A Obra de Publicação na Restauração do Senhor)

O que pode ser esclarecido? Ao receber a comunhão dos crentes e a comunhão das igrejas locais, o assunto de como levamos a cabo a obra de publicação não é um item da fé; isso é, não é uma questão da peculiaridade. Qualquer irmão ou igreja que aceite isso ou não, pratique isso ou não, não terá afetada sua posição de ser nosso irmão ou ser uma igreja.

No entanto, aqueles que servem no ministério da Palavra carregam a grande responsabilidade de preservar a unidade entre os santos. Eles devem, então, guardar o padrão mais elevado. Reconhecendo isso, A Obra de Publicação na Restauração do Senhor encoraja todos envolvidos em tal obra a serem diligentes ao assegurar que não se espalhe confusão entre os santos por meio da publicação de escritos que produzem questionamentos a partir de ensinamentos diferentes (1Tm 1:3-4; 6:3-4). Isso mostra que ocorrerão confusão e divisão se ensinamentos diferentes vierem a ser propagados por meio de obras diferentes de publicação. Negligenciar essa comunhão é ignorar as lições que colhemos do Novo Testamento, da história cristã, e da nossa própria história com respeito a como executar o ministério do Senhor.

1Tm 1:3-4 - [3] Quando parti para a Macedônia roguei-te que permanecesses em Éfeso a fim de advertires a certas pessoas que não ensinem coisas diferentes [4] nem dêem atenção a fábulas e genealogias sem fim, que geram discussões em vez da economia de Deus na fé. (lit.)

1Tm 6:3-4 - [3] Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, [4] é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas.

Em 1984 o irmão Lee convocou um treinamento de presbíteros urgente por causa de uma tendência voltada à divisão introduzida por irmãos que executam a sua própria obra fora da única obra da restauração do Senhor. As mensagens liberadas naquele tempo são muito proveitosas para nossa situação hoje. Na segunda mensagem com o título "Lições Acerca da Unidade do Ministério" ( Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, pp. 26-27, 28-30, 33-34), o irmão Lee usou do exemplo bíblico de Apolo para demonstrar o problema causado por levar a cabo um ministério que difere, mesmo que levemente, do ministério geral nas igrejas. Se estudarmos cuidadosamente e considerarmos o Novo Testamento, fica evidente que o ministério de Apolo era um fator da situação de divisão na igreja em Corinto e na degradação da igreja em Éfeso, que por fim abandonou a Paulo. Embora seja verdade que Paulo não insistiu que Apolo seguisse sua liderança no ministério (1Co 16:12), é igualmente verdade que a falha de Apolo em levar seu ministério alinhado com o ministério geral nas igrejas trouxe problemas nas igrejas que recebeu seu ministério (At 18:24; 19:1; 20:17-18a, 30; 1Co 1:10-12; 1Tm 1:3-4; 2Tm 1:15; Ap 2:1a, 4-5).

1Co 16:12 - Acerca do irmão Apolo, muito lhe tenho recomendado que fosse ter convosco em companhia dos irmãos, mas de modo algum era a vontade dele ir agora; irá, porém, quando se lhe deparar boa oportunidade.

At 18:24 - Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras.

At 19:1 - Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos.

At 20:17-18a, 30 - [17] E de Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja. [18] E, quando se encontraram com ele, disse-lhes (...) [30] E que dentre vós mesmos surgirão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si.

1Co 1:10-12 - [10] Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. [11] Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, que há contenda entre vós. [12] Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.

1Tm 1:3-4 - [3] Quando parti para a Macedônia roguei-te que permanecesses em Éfeso a fim de advertires a certas pessoas que não ensinem coisas diferentes [4] nem dêem atenção a fábulas e genealogias sem fim, que geram discussões em vez da economia de Deus na fé. (lit.)

2Tm 1:15 - Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Figelo e Hermógenes.

Ap 2:1a, 4-5 - [1] Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: ... [4] Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. [5] Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.

Era necessário que Apolo fosse absorvido pelo ministério de Paulo, quanto mais, melhor. Embora possa ter sido bastante um com Paulo, seu caso tornou-se um problema...

Não creio que, ao agir, Apolo tenha sido totalmente um com Paulo na economia neotestamentária de Deus (ver 1Co 16:12). (Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, pp. 31, 32)

Creio que podemos aprender com o caso de Apolo, que há a possibilidades de existir sabores, atmosferas, cores diferentes, embora possamos mover-nos, ministrar, trabalhar e estar juntos na restauração do Senhor. Apolo não era dissidente de Paulo, mas seu ministério tinha cor e sabor diferentes do de Paulo. (Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, pp. 35-36)

A semente que Apolo havia plantado em Éfeso, por fim, tornou-se o fator fundamental do declínio da igreja. A razão de a igreja em Éfeso ter entrado em declínio, foi o fato de ter tomado a frente em afastar-se do ensinamento dos apóstolos. Afastar-se do ensinamento dos apóstolos é afastar-se da visão dos apóstolos. Com o afastamento do ensinamento dos apóstolos, foram introduzidos os ensinamentos de Balaão (Ap 2:14), o ensinamento dos nicolaítas (vv. 6, 15) e o ensinamento de Jezabel (v. 20). Esses três ensinamentos representam todas as heresias que existem no cristianismo. (A Visão da Era, p. 61)

Podemos detectar por meio de vários indícios, que a causa do declínio de Éfeso foi o seu fracasso em livrar-se da semente de Apolo. Do ponto de vista do Novo Testamento, aquele era um ensinamento diferente. (A Visão da Era, p. 96)

O irmão Lee repetidamente enfatizou que cada ministério produz sua própria "comunhão" e que todos os que estão nas divisões no cristianismo podem estar seguindo diferentes ministérios, isso é, ministérios fora do único ministério neotestamentário.

Tenho o encargo de enfatizar esse ponto da unidade do ministério por causa de todas as divisões e confusões ocorridas entre os cristãos nos séculos passados. O que há de mais destruidor entre os cristãos são as divisões e confusões. Além do mais, todas elas vieram de uma só fonte: ministérios diferentes. (Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, p. 15)

AS DIVISÕES PROVÊM DE MINISTÉRIOS DIFERENTES

Por que tem havido divisões, desde a época em que os apóstolos, incluindo Pedro e João, ainda estavam na terra? As divisões começaram a ocorrer a partir da última parte do primeiro século e continuam até o presente. Tem havido divisões e mais divisões, que tem causado todo tipo de confusão. Qual é a razão para tantas divisões? Todas surgiram simplesmente por causa de diversos assim chamados ministérios.

Todos nós que estamos na restauração do Senhor devemos perguntar-nos qual é a nossa percepção do ministério do Senhor a fim de levar a cabo Sua economia. Qual é a nossa visão acerca do dano que os diversos assim chamados ministérios trazem? Hoje, cada denominação tem seu próprio ministério. Para ser um pregador em determinada denominação, é necessário que você seja limitado a certo ministério, limitado em seu ensinamento, pregação, doutrina e até mesmo comportamento. Em cada denominação, você tem de limitar-se ao ministério daquela denominação em particular.

Precisamos estar bem cientes de que o fundamento de todas as denominações e o fator que as produz são os ministérios diferentes. Se todos os cristãos hoje estivessem dispostos a que o Senhor tirasse seus diversos ministérios, todos eles seriam um. O fator básico de todas as divisões, sua própria raiz, são os diversos ministérios. (Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, pp. 17-18)

Precisamos ver esse princípio no decorrer de toda a era cristã. Todos os problemas, divisões e confusões vieram da tolerância aos ministérios diferentes. Muitos mestres cristãos conheceram o perigo desses ministérios; contudo, os toleraram. Tem havido tolerância a ministérios diferentes. Não devemos crer que, na restauração do Senhor, a longo prazo, eles nunca mais penetrarão sorrateiramente. Pelo contrário, devemos estar alertas. Tal perigo está à nossa frente. Se não formos vigilantes, se formos descuidados, de um modo ou de outro o inimigo usará sorrateiramente alguns meios ou maneiras de introduzir ministérios diferentes. Isso terminaria com a restauração do Senhor...

Hoje todos precisamos estar alertas. Precisamos perceber que Satanás pode usar a qualquer um de nós para introduzir algum ensinamento diferente e que pode ser bíblico... Precisamos ser muito cuidadosos porque Satanás é sutil. Todos precisamos estar alertas para não somente vigiar os outros mas também a nós mesmos. (Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, pp. 20-21)

O PROBLEMA DO MINISTÉRIO

Até agora, creio que todos nós ficamos profundamente impressionados com a necessidade de ter a visão do ministério neotestamentário de Deus. Este é um treinamento sobre o ministério. Através dos vinte séculos de historia da igreja, as divisões, confusões e problemas que ocorreram entre todos os cristãos foram devidos a algum ministério. Seja o que for que vocês ministrem, isso produzirá algo. Se ministrarem os céus, algo celestial será produzido. Se ministrarem coisas terrenas, certamente o resultado, o fruto, será terreno. As muitas divisões e confusões entre os cristãos hoje vêm todas de uma única fonte: ministérios diversos. A denominação ou divisão presbiteriana surgiu do ministério do presbiterado. A divisão batista surgiu do ministério do batismo por imersão. Todos os diferentes grupos cristãos surgiram de diferentes ministérios. Um ministério é principalmente um ensinamento. Precisamos perceber que o ensinamento dado por um cristão ministra algo. Pode ministrar algo certo, ou errado, algo elevado ou inferior. Um ensinamento sempre resulta em algo. Com base no resultado do ensinamento, ele pode ser considerado um ministério. Ministério, na terminologia bíblica, significa servir algo a alguém, assim como um garçom num restaurante serve comida às pessoas. Servir algo aos outros é ministrar. Ministrar não é pregar, ensinar ou falar sem servir algo a alguém. Talvez certo ministro fale por uma hora e nada ministre às pessoas. Isso significa que, segundo Cristo, ele nada ministrou, mas, segundo os fatos, realmente ministrou alguma coisa. Ministrou algo errado, ruim ou inferior. Espero que vejamos que o ministério pode produzir problemas, divisão e confusão.

NÃO ENSINAR OUTRA DOUTRINA

É por isso que Paulo escreveu 1 Timóteo em meio a um ambiente confuso e depois de anos de trabalho com os cooperadores. Essa epístola é totalmente um antídoto. Muito veneno foi injetado na igreja enquanto ela avançava. Na conclusão do seu ministério epistolar, Paulo escreveu 1 Timóteo para vacinar a igreja contra todos esses venenos. Na introdução dessa epístola, entretanto, Paulo não escreveu de uma forma que pensássemos que fosse algo tão sério: "Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina" (1:3) A frase "não ensinem outra doutrina" também pode ser traduzida como "não ensinem diferentemente". Isso pode parecer muito simples. Se vocês meramente lerem essa frase, não sentirão a seriedade de um ensino diferente. Podemos não pensar que é sério, mas na verdade é mais que sério. Ensinar diferentemente mata as pessoas, destrói a edificação de Deus e anula toda a sua economia. Todos precisamos perceber que até mesmo um pouquinho de ensinamento diferente destrói a restauração. Há um provérbio que diz: "Uma frase pode edificar uma nação e uma frase pode destruir toda a nação". Vocês não precisam dar uma mensagem inteira; apenas uma frase que contenha o seu conceito destrói tudo. Precisamos perceber que ministrar é algo "terrível". O que vocês falam pode edificar ou destruir. É possível que o que vocês falam destrua, mate e anule. (Treinamento de Presbíteros, Volume 3: A Maneira de Cumprir a Visão, pp. 52-53)

Nossa própria história também sofreu dano por irmãos que realizam sua própria obra sem cuidar apropriadamente do Corpo como todo. Muitos irmãos dotados tornaram vítimas de sua própria ambição em levar a cabo seu próprio ministério. Não estamos alegres em dizer isso. Eles são nossos queridos irmãos, e sentimos pesarosos porque eles cortaram a si mesmos da comunhão das igrejas. O fracasso deles é uma perda para a restauração do Senhor.

2. A adequação do sentido prático como um item da comunhão dos cooperadores é ignorada.

"Analysis & Response" argumenta que se a questão da única obra de publicação não é um item essencial da fé, os cooperadores não deveriam ter apresentado seu sentir com respeito a isso. A implicação é que se alguma coisa não é parte da peculiaridade da igreja, que se não é um item da fé comum, os cooperadores não devem tocar naquilo. Isso é um absurdo. O Novo Testamento é cheio da comunhão dos apóstolos com respeito a como as igrejas e os santos devem seguir de uma maneira sadia. A comunhão deles trata com muitos itens que não podem ser considerados itens da peculiaridade. Esses itens são partes do que Paulo chama de "ensinamento saudável" e "palavras saudáveis" (1Tm 1:10; 6:3; 2Tm 1:13; 4:3; Tt 1:9, 13; 2:8).

1Tm 1:10 - Impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à 1sã doutrina.

nota de rodapé 1:101 - Saudável implica a questão de vida. O ensinamento saudável dos apóstolos, que é segundo o evangelho da glória de Deus, ministra o ensinamento saudável como o suprimento de vida para as pessoas, tanto os nutrindo como os curando; em contraste, os ensinamentos diferentes dos dissidentes (v. 3) disseminam a semente da morte e veneno nos outros. Qualquer ensinamento que distrai as pessoas do centro e meta da economia neotestamentária de Deus não é saudável.

1Tm 6:3 - Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade.

2Tm 1:13 - Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouvistes com fé e com o amor que está em Cristo Jesus.

2Tm 4:3 - Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos.

Tt 1:9 - 1Apegado à palavra fiel, a qual é segundo o 3ensinamento dos apóstolos, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo ensinamento saudável como para convencer os que se opõem. (RV)

nota de rodapé 1:9 1 - Os presbíteros são nomeados para administrar o governo de Deus em uma igreja local para que a boa ordem possa ser mantida na igreja. Para cumprir isso, os presbíteros necessitam guardar a palavra fiel, que é segundo o ensinamento dos apóstolos, para que eles sejam capazes de cessar os falatórios desagradáveis e acalmar uma situação tumultuada (vv. 9-14).

nota de rodapé 1:9 3 - O ensinamento dos apóstolos (At 2:42) finalmente se torna o Novo Testamento. Isso indica que (1) as igrejas foram estabelecidas segundo o ensinamento dos apóstolos e a comunhão de seus ensinamentos, e (2) a ordem da igreja era mantida pela palavra fiel, que foi dada segundo o ensinamento dos apóstolos. A desordem na igreja era principalmente devida ao desvio do ensinamento dos apóstolos. Para reagir a isso, devemos guardar a palavra fiel falada nas igrejas segundo o ensinamento dos apóstolos. Em uma situação confusa e de trevas, devemos apegar-nos à palavra do Novo Testamento que é iluminadora e traz a ordem - o ensinamento dos apóstolos. Para manter a ordem na igreja, a palavra dos apóstolos segundo a revelação é necessária em adição ao presbitério.

Tt 1:13 - Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam 3sadios na fé

nota de rodapé 1:13 3 - O opositor (v. 9) e faladores vãos (v. 10) foram infectados com enfermidades doutrinais e se tornaram prejudiciais à saúde na fé. Eles precisam da inoculação dos ensinamentos saudáveis e palavras saudáveis (1Tm 1:10; 6:3, e notas), que os presbíteros devem prover (v. 9) para a cura deles.

Tt 2:8 - No ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade 3nenhuma que dizer a nosso respeito.

nota de rodapé 2:8 3 - O ensinamento saudável com o falar saudável composto de palavras saudáveis é o principal antídoto contra o falar caluniador do opositor. Tal ensinamento que derrama luz e traz a infusão de vida da palavra da verdade sempre cala a boca da opinião doutrinal instigada pela velha serpente.

É evidente que "Analysis & Response" ignora completamente a terceira sessão da comunhão do irmão Lee em A Peculiaridade, a Generalidade, e o Sentido Prático da Vida da Igreja. O sentido prático da vida da igreja se refere àquelas coisas que, mesmo não sendo itens da fé, se praticadas, fazem com que as igrejas sejam sadias e cresçam e aumentem. Na restauração realmente apreciamos a unidade e a unanimidade. Isso é a base para a benção de vida do Senhor (Sl 133:1, 3b) e para o aumento (At 2:46-47). O objetivo dos cooperadores em publicar A Obra de Publicação na Restauração do Senhor é manter e fortalecer a saúde na vida das igrejas e dos santos por meio de uma dieta de palavras saudáveis. Tal ensinamento saudável está vitalmente relacionado com o sentido prático da vida da igreja.

Sl 133:1, 3b - [1] Eis quão bom e quão agradável é que os irmãos habitem em unidade! (...) [3b] Ali, ordena o Senhor a sua bênção: vida para sempre. (RV)

At. 2:46-47 - [46] Diariamente perseveravam unânimes no tempo, partiam o pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, [47] louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.

A comunhão dos cooperadores está em harmonia com a prática do irmão Lee de liderar as igrejas enfatizando itens relacionados apenas ao sentido prático da vida da igreja. Isso também está em conformidade com a palavra conclusiva do irmão Lee na página 76 do livro A Peculiaridade, a Generalidade, e o Sentido Prático da Vida da Igreja.

UMA PALAVRA FINAL

Nenhum dos pontos que tratamos nos últimos três capítulos são aspectos da nossa fé cristã. Entretanto, todos eles devem ser postos em prática; de outra maneira, uma igreja local jamais poderá ser forte e prevalecente. Se todos esses pontos forem postos em prática, a igreja local se tornará forte e prevalecente. Estes não são itens da nossa fé cristã, mas devem tornar-se parte do sentido prático da vida da igreja.

Assim como os cooperadores expressaram em sua declaração, a prática de ser restringido a uma única obra de publicação é essencial para a preservação da integridade do ministério do Senhor entre nós, que por sua vez é crucial para a prática da unidade entre as igrejas locais.

3. A natureza da comunhão dos cooperadores com respeito à obra de publicação é deturpada.

"Analysis & Response" descaracteriza A Obra de Publicação na Restauração do Senhor como sendo uma política oficial e obrigatória insistida pelos cooperadores entremesclados sobre os santos. "Analysis & Response" usa a palavra "política" 33 vezes e cita as palavras "obrigatório" e "insiste" 6 vezes cada. Apesar de nenhuma destas palavras—"insiste", "obrigatório" ou "política" (até mesmo nenhuma palavra de força similar)—serem usadas em A Obra de Publicação na Restauração do Senhor, exceto em um parágrafo onde o livreto explicitamente declara que a questão da obra de publicação "não deve ser imposta como um item da fé" [ênfase adicionada]. Então, as próprias palavras de A Obra de Publicação na Restauração do Senhor são contrárias à má caracterização da mesma em "Analysis & Response".

Além do mais, antes da publicação da declaração dos cooperadores, o autor de "Analysis & Response" recebeu extensas respostas do irmão Kerry Robichaux (entre outros) com respeito à suas objeções ao documento nesses muitos pontos. Naquela resposta Kerry inequivocamente declarou que a questão de uma única publicação não é um assunto da fé, mas está relacionada ao ministério na restauração do Senhor; pois não deve ser imposta como uma base para receber a comunhão dos crentes ou igrejas; mas representa o sentimento dos cooperadores com respeito à melhor maneira para que as igrejas sejam guardadas em uma condição saudável.

A questão de uma única publicação não é, absolutamente, um assunto da fé comum, mas algo relacionado ao único ministério na restauração do Senhor. Não há razão para confundir as duas coisas, nem para aplicar os padrões de uma na outra. Sentimos que o ministério é o som da trombeta entre nós na restauração do Senhor e que não deve existir um som incerto dessa trombeta, como o irmão Lee mencionou inúmeras ocasiões. A única obra de publicação não é base para aceitarmos ou rejeitarmos qualquer pessoa na comunhão da fé; então, isso não deve ser insistido como um item da fé. Todavia, enquanto a comunhão da fé é geral e inclusiva, deve haver mais disciplina e peculiaridade entre os ministros da Palavra para manter a única voz no ministério da verdade.

Kerry também comparou a comunhão dos cooperadores em A Obra de Publicação na Restauração do Senhor com a comunhão do irmão Lee com respeito à maneira ordenada por Deus.

Além disso, não creio que é acurado equiparar a circulação dessa declaração com uma insistência na mesma. Creio que aquilo que os cooperadores estão fazendo é semelhante aos que irmão Lee fez quando soou o chamado para os santos com o fim de que todos aderissem à maneira ordenada por Deus. Você lembrará, tenho certeza, que ele não insistiu nessa nova maneira, mas ele certamente a promoveu como o melhor caminho para trazer os santos em suas funções orgânicas como membros do Corpo de Cristo. A nova maneira deveria ser uma recomendação para os santos e as igrejas, não algo exigido. Da mesma forma, ser restringido em uma única publicação é uma questão de recomendação para as igrejas. Ninguém está insistindo que todas as igrejas sejam restringidas a uma única publicação. Mas, da mesma maneira, os cooperadores podem e devem ajudar aos santos a verem o valor da única obra de publicação na restauração do Senhor, e devem encorajar os santos de toda parte a exercitarem essa restrição em nome da segurança do único testemunho entre nós. Entendo que alguns não queiram que esse assunto seja promovido ou falado, mas como cooperadores treinados pelo irmão Lee fazemos bem a nós mesmos ao seguir seu exemplo e admoestação e levar aos santos de quem cuidamos à mesma prática.

Essa comparação é muito instrutiva. A maneira ordenada por Deus não é uma questão da fé; não é uma questão da peculiaridade da igreja. Ela não é, por isso, uma base para receber ou não os crentes em comunhão. Ela é, de qualquer forma, uma parte crucial da comunhão do irmão Lee relacionada ao sentido prático da vida da igreja; é seu ensinamento com respeito ao caminho que as igrejas e os santos devem praticar com vistas a serem sadios na fé e crescerem em número para o cumprimento da economia de Deus.

O irmão Lee não esperava que todos nas igrejas desejassem imediatamente seguir sua liderança em praticar a maneira ordenada por Deus, mas não se intimidava de enfatizar fortemente isso. O que fez, todavia, foi prevenir as igrejas e os santos contra as oposições ao mover do Senhor referente a introduzir a maneira ordenada por Deus.

UMA PALAVRA DE AMOR, CONSELHO E ADVERTÊNCIA

Estou preparado para encontrar uma situação na qual alguns na restauração do Senhor não tomarão este caminho. Isso não vai surpreender-me. Não devemos considerá-los estranhos e não devemos suprimi-los da restauração. Ainda devemos amá-los, respeitá-los e não desprezá-los nem um pouco. Não os consideremos como um outro tipo de pessoas. Embora não tenham se unido ao exército, eles ainda são cidadãos.

Para os que não tomarem este caminho, quero dar uma palavra de amor, conselho e advertência: Não critiquem, não ataquem e não se oponham. Se fizerem isso, sofrerão perda. Isso quer dizer que vocês estariam traindo a restauração. Vocês se tornariam traidores. Alguns podem sentir que não são traidores, mas protetores. Segundo seu conceito, eles não querem ver que sou o único líder a controlar toda a restauração. Isso é uma capa muito boa para eles vestirem. Estou na restauração há cinqüenta e cinco anos, desde 1932. Em todos esses anos, não controlei ninguém. Não tenho a intenção de controlar ninguém ou exercer qualquer controle, mas precisamos de uma liderança adequada. (Treinamento de Presbíteros, Volume 7: Unanimidade para o Mover do Senhor, p. 147)

Percebemos que se o Senhor vai prosseguir para tornar sua restauração prevalecente, não há outra maneira senão o mover atual. Entretanto, se uma igreja, reunindo-se adequadamente, não adotar o caminho novo e atual, então ainda a respeitamos como igreja adequada. Devemos ainda manter comunhão com ela, embora os santos ali não sintam necessidade do novo mover. Mesmo que se opusessem, não os rejeitaríamos. Quando disserem que não são mais uma igreja na restauração, então serão eles que se apartarão da comunhão, e não nós. Não descartem nenhuma igreja que não concorde com o mover novo e atual. Se uma igreja se opuser um pouco e ainda reconhecer todas as demais para comunhão no Corpo, não só vamos reconhecê-la, mas também respeitá-la e considerá-la como uma igreja autêntica dentre as muitas igrejas. Não só queremos como também tentamos ao máximo manter uma comunhão adequada com ela. Não sejamos facciosos. (Treinamento de Presbíteros, Volume 8: A Vitalidade do Mover Atual do Senhor, p. 184)

As igrejas no Canadá e nos Estados Unidos estavam abertas à restauração do Senhor por meio desse ministério, mas eu tenho sofrido. Vi o irmão Nee sofrer os mesmos tipos de coisas. Em fevereiro de 1986 convoquei um treinamento de presbíteros no qual enfatizei a unanimidade, e deixei meu ensinamento muito claro (ver Treinamento de Presbíteros, Volume 7: Unanimidade para o Mover do Senhor). Disse que estar no exército é diferente de ser um civil. Nem todos em um determinado país estão no exército. Gideão no fim das contas tinha somente três mil que se tornaram seu exército (Jz 7:7). Fui para Taipei em 1984 porque tinha o encargo por um exército que fosse levantado com aqueles que praticariam a maneira ordenada por Deus. Mas eu não tinha a intenção ou a expectativa de que todos os santos na restauração serem o mesmo. No treinamento de presbíteros de 1986 compartilhei que se alguém decide não tomar o caminho do ministério, eles ainda seriam membros da igreja na restauração. Mas também peço a estes que não critiquem ou se oponham, porque isso pode causar inquietação e divisão. (The Problems Causing the Turmoils in the Church Life, pp. 11-12)

A manifestação dos cooperadores entremesclados de sua intenção em levar a cabo uma única obra de publicação para suprir todos das igrejas é uma forma inteiramente apropriada da comunhão dentro da extensão do sentido prático da vida da igreja. Por outro lado, é um equívoco, da parte do autor de "Analysis & Response", dizer que os cooperadores falharam em considerar ou direcionar suas preocupações.

4. Os limites bíblicos no exercício da generalidade são abusivos.

Por semear suspeita e discórdia entre os irmãos e as igrejas, "Analysis & Response" transgride a comunhão do irmão Lee em A Generalidade, a Peculiaridade, e o Sentido Prático da Vida da Igreja relacionado aos limites da generalidade. Na página 32, em uma sessão com o subtítulo, "O Equilíbrio da Generalidade," o irmão Lee diz:

No começo desse capítulo listei todos os versículos no Novo Testamento relacionados a pessoas que devem e não devem ser recebidas na vida da igreja. Não pense que a igreja tem a prática da generalidade a ponto de receber todo tipo de pessoa. Não, de modo algum. Sim, devemos ser gerais, mas ainda há certas pessoas com as quais não podemos ser gerais, nem com as quais devemos ser gerais.

Entre aqueles listados como pessoas que a igreja não deve receber estão:

  • Aqueles que negligenciam ouvir a igreja (Mt 18:15-17)

    Mt 18:15-17 - [15] Se teu irmão pecar [contra ti], vai e repreende-o entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. [16] Se, porém, não te ouvir, toma ainda consigo mais dois ou três, para que, pela boca de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. [17] E, se ele recusar atendê-los, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também à igreja, 3seja ele para ti como gentio e cobrador de impostos.

    nota de rodapé 18:17 3 - Se algum crente recusa ouvir à igreja, ele perderá a comunhão da igreja e será como um gentio (pagão) e um cobrador de impostos (o pecador), que está fora da comunhão da igreja.

  • Aquele que causa divisão (Rm 16:17; 2Ts 3:6, 14).

    Rm. 16:17 - Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e 1escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; 2afastai-vos deles.

    nota de rodapé 16:17 1 - Referindo a estar em erro e vivendo na vida da igreja. Isso dever ser o resultado de diferentes opiniões e ensinamentos.

    nota de rodapé 16:17 2 - No capítulo 14 Paulo foi liberal e gracioso com respeito a receber aqueles que diferem na doutrina ou na prática. Aqui, todavia, ele está inflexível e resoluto em dizer que devemos abandonar aqueles que são dissidentes, que promovem divisões, e que é causa de tropeço. O propósito em ambos os casos é preservar a unidade do Corpo de Cristo para que tenhamos a vida normal da igreja.

    2Ts 3:6, 14 - [6] Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que anda desordenadamente e não seguindo a tradição que de nós recebestes (...) [14] Caso alguém não preste obediência à palavra dada por essa epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado.

  • Alguém que é sectário (Tt 3:10).

    Tt 3:10 - 2Evita o homem faccioso, após primeira e segunda admoestação.

    nota de rodapé 3:10 2 - A fim de manter a boa ordem na igreja, uma pessoa facciosa, divisiva, deve ser evitada, rejeitada, depois de uma primeira e segunda admoestação. Isso é feito para tratar a relação contagiosa com pessoa dissidente contagiosa para a proteção da igreja.

Essas três categorias de pessoas causam dano à unidade do Corpo de Cristo. A propagação de ensinamentos diferentes (1Tm 1:3-4) por meio de diferentes publicações realmente causa dano ao Corpo do Senhor. A oposição à comunhão dos cooperadores com respeito à maneira de levar a cabo a obra de publicação compõe grandemente esse dano. Tememos acerca de aonde os dissidentes conduzem sua oposição e acerca daqueles influenciados por eles.

© 2006-2018 DCP. Todos os direitos reservados.
O DCP é um projeto que visa defender e confirmar o ministério neotestamentário de Watchman Nee e Witness Lee, e a prática das igrejas locais.
email